Ciclo de Formação do PIBID-IFSULDEMINAS
O que é?
O Ciclo de Formação do PIBID-IFSULDEMINAS surgiu da necessidade dos Pibidianos em se aprofundar nos temas que eles escolheram para criar seus materiais, sendo eles, Ciclismo, Jogos Indígenas e Parkour. Desta forma, decidimos abrir o curso para as demais pessoas, sejam alunos do próprio campus ou outras que se interessassem. Desta forma, criamos diversas publicações no Instagram para atrair pessoas das mais diversas regiões, usando de hashtags para que os posts tivessem mais alcance.
Como resultado dos nossos esforços, a lista de inscrição contou com 41 pessoas, sendo elas de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará, Rio Grande do Sul, Pará, Paraíba, entre outros.
Primeiro encontro (22/03/2023)
No dia 22/03/2023 as 17:30h foi realizado o primeiro dia do ciclo de formação do PIBID. A Professora Mariza Antunes de Lima, ministrou uma palestra de forma remota, via Google Meet, com o tema “Desafios do ciclismo educacional: A presença da bicicleta na escola e nas aulas de educação física”. Foi dada uma introdução pelo professor Arnaldo Leitão, onde ele falou um pouco sobre o PIBID e logo após o palestrando iniciou sua apresentação.
Ela deu início aos trabalhos com uma seguinte pergunta "Porque a bicicleta e não a bola?” Logo em seguida ela mesma já nos deu uma excelente resposta, dizendo que “Criarmos junto com alunos saberes diferentes, inserir materiais que às vezes estão fora do cotidiano ou da faixa da econômica da família do aluno e para ir além dos muros da escola.”
Em seguida começou a falar sobre letramento corporal, que a professora definiu como uma pessoa que tem disposição e responsabilidade com si próprio para um bem estar físico por toda a vida.
Após, ela apontou alguns desafios que podemos passar ao trabalhar com ciclismo escolar:
- Proposta: Promover a bicicleta como ferramenta de desenvolvimento integral para crianças e fomentar o seu uso através de atividades nas escolas, envolvendo a comunidade escolar.
- 1º Desafio Convencer a gestão escolar: Para isso, é preciso ter embasamento teórico, principalmente além de conhecer os documentos da região, como o Projeto Político Pedagógico (PPP) e da Base Nacional Comum Curricular (BNCC);
- 2º Como conseguir as bicicletas: Neste ponto ela conta como conseguiu suas bicicletas, que foi por meio de campanha nas redes sociais e por meio de amigos, sendo que ela conseguiu varias, mesmo que algumas precisassem de reforma. Além disso, a professora sugeriu buscar parceria com toda a comunidade escolar, tanto para outros professores, quanto os pais, vizinhos, entre outros.
- 3º Desafio onde guardar os materiais, o qual precisa ser um ambiente onde não atrapalhe o cotidiano da escola e seja seguro para o material. Esse ambiente pode ser a sala dos materiais esportivos da escola e podem ser utilizados ganchos para que ela seja guardada nas paredes, ocupando menos espaço;
- 4º Manutenção dos materiais: Conseguir parcerias com pessoal específico, pessoas da comunidade ou outros professores que tenham esse conhecimento;
- 5º Desportivizar a bicicleta: O ciclismo é um elemento da cultura, um brinquedo de criança, atividade física, instrumento para o lazer, transporte sustentável, funcional para a mobilidade urbana, alternativa de trabalho.
No final foi aberto para perguntas e respostas e assim finalizada a palestra com os devidos agradecimentos do palestrante e do pessoal que acompanhou.
Cortes Deste Encontro
Porque trabalhar a bicicleta na escola?
Letramento Corporal
Desafios do Ciclismo Educacional:
Convencer a Gestão Escolar
Desafios do Ciclismo Educacional:
Conseguir as Bicicletas
Desafios do Ciclismo Educacional:
Onde Guardar As Bicicletas
Desafios do Ciclismo Educacional:
Como Fazer Manutenção das Bicicletas
Desafios do Ciclismo Educacional:
Como Desportivizar a Bicicleta
Segundo encontro (23/03/2023)
Discente: Andreia Dias Eustáquio
No dia 23/03/2023 foi realizado o segundo dia do ciclo de formação do PIBID. O diretor do Instituto Aromeiazero, Carlos Eduardo de Faria Ronca (Cadu) ministrou uma palestra de forma remota, via Google Meet com o tema “A bicicleta como ferramenta pedagógica”. Foi dada uma introdução pelo professor Fagner Passos, onde ele falou um pouco sobre o PIBID e logo após o palestrando iniciou sua apresentação.
Ele deu início aos trabalhos falando um pouco sobre o Instituto Aromeiazero que foi criado pelo próprio e alguns parceiros em 2011, citou os projetos e ações desenvolvidas desde o ano de fundação. Apresentou o guia de projetos que explica os três principais projetos desenvolvidos pela instituição. Esse guia foi disponibilizado para download – https://www.aromeiazero.org.br/guia.
Logo em seguida deu início a apresentação do projeto “Rodinha Zero” que envolve a bicicleta como ferramenta pedagógica.
Nesta ocasião, o professor apresentou dados justificativo do projeto, enfatizando a importância do mesmo e também de outros que trabalhem a bicicleta nas quadras de Educação Física.
Após, foi explicado como o projeto começou e sua atuação nos dias atuais, sendo que este está dividido em três partes, que são:
- “Jornada para Formação dos Multiplicadores” Ebook dos 18 projetos finalizados nessa jornada: https://www.aromeiazero.org.br/rodinhazero;
- “Presencial em escolas, OSCs e SESC(patrocínio e parcerias)”; e “Lei Federal de Incentivo ao esporte.”;
- Rodinha Zero na prática cujo propósito é promover a bicicleta como ferramenta de desenvolvimento integral para crianças e fomentar o seu uso através de atividades nas escolas, envolvendo a comunidade escolar.
Este projeto tem como público, principalmente, crianças de 04 a 11 anos, mas também tem a abordagem feita com toda a comunidade escolar e pessoas com idades variadas. Em sua proposta, o professor Cadu explicou as cinco etapas que ele realiza para o ensino do ciclismo escolar:
Ao final foi aberto tivemos um momento dedicados a perguntas do público presente e assim finalizada a palestra com os devidos agradecimentos.
Cortes Deste Encontro
Trabalho Reconhecido
Tecnologias Ambientais
Bicicleta na Escola
Uma Cidade Amiga das Crianças
Terceiro encontro (06/04/2023)
Discente: Guilherme Vitor Raimundo
No dia 06/04/2023 realizamos o ciclo de formação com a professora Arliene Stephanie Menezes Pereira, onde ela trouxe varias situações sobre a cultura indígena e muito aprendizado para os presentes. Ela inicia sua fala ressaltando que não é indígena, porém que é uma pesquisadora sobre o tema, desta forma, tendo propriedade para discorrer sobre.
Ela abrangeu temas muito importante nessa formação e, dentre eles, a relação a lei 10.639/03, que foi alterada pela lei 11.645/08, que afirma a obrigatoriedade das práticas afro brasileira e indígenas na escola.
Em seguida, a professora ressaltou sua trajetória em relação aos estudos das práticas corporais indígenas, contando da primeira vez que foi conhece-los e suas experiências nessa área.
Percebemos também que, de acordo com o senso comum, os povos indígenas são aqueles que vivem apenas na Amazônia, em meio as matas, que está caracterizado, ou seja, nu, com peninhas ou com o rosto pintado e, aqueles que fazem uso das tecnologias ou viva na sociedade moderna não são verdadeiramente indígenas. Porém, a realidade é diferente deste estereótipo e as pessoas precisam desconstruir essa visão, visto que, temos diversos povos indígenas, em diversas regiões do pais e cada um a sua forma e com suas particularidades, além disso, eles estão presentes nas mais diversas áreas da sociedade, como nos hospitais, escolas, bancos, entre outros.
Vale ressaltar também que existem muitas falhas na formação docente e, por isso, quando os professores chegam para sua prática na escola não conseguem trabalhar sobre essa temática. Desta forma, percebemos que é necessário dar um enfoque nesse tema durante a graduação e especialização, para que assim, estes tenham segurança para explorar a cultura indígena com seus alunos. Pois, nos dias atuais, as aulas de educação física ainda são centradas no quarteto
fantástico (Futebol, Handebol, Voleibol e Basquetebol) ou também, as lutas como judô ou jiu jitso, porém existem diversas outras práticas corporais para serem exploradas, como as da cultura indígena e africana.
Acesse os links para conhecer um pouco mais sobre as lutas da cultura indígena:
Além das lutas, podemos enfatizar os jogos e brincadeiras que podem fazer parte das nossas aulas de Educação Física, como a Peteca,
Heiné Kuputisu, Agu kaká, além das danças da cultura
indígena. Da mesma forma, pode-se trabalhar com construção de materiais,
pois, além de vivenciar outras partes da cultura, podemos utilizar estas criações durante as aulas.
Também podemos trabalhar os jogos eletrônicos, dentre eles podemos destacar alguns exemplos como: Adugo, Jeriguigui e o Jaguar na Terra dos Bororos,Huni Kuin,
Sambaquis - Uma História Antes do Brasil e, se pesquisarmos, podemos encontrar outros.
Para essa prática podemos citar alguns livros da própria Sthephanie, a qual disponibilizou alguns para dowload gratuito e outros mediante pagamento, e também livros de outras autorias.
- Clique aqui para conhecer seus outros trabalhos.
No fim da formação fizemos uma nuvem de palavras, onde colocamos palavras que representassem o que este encontro significou para cada um dos presentes, sendo que, dentre elas, as mais faladas foram: Cultura e Conhecimento.
Cortes Deste Encontro
Abordagem da Cultura Indígena na Educação Física
Usar Os Adornos Indígenas Na Educação Física É Apropriação Cultural?
Quarto encontro (19/04/2023)
O palestrante inicia sua fala fazendo a seguinte pergunta "Porque a pedagogia do jogo do parkour?" e contando sobre sua vivência, as
brincadeiras e práticas que fazia com o parkour, comentando sobre o impacto da brincadeira feita na
rua e o quanto era prazeroso para ele.
Além disso, o palestrante apresenta o termo "Praxiologia Motriz", sendo que, essa abordagem proporciona um conjunto de critérios para
avaliar e compreender todas as formas de cultura corporal de movimento, a fim de
revelar a essência do funcionamento de cada jogo ou esporte. Em outras palavras,
consiste em uma disciplina que examina os aspectos fundamentais dos jogos e
esportes para entender melhor como eles são jogados e como funcionam.
Dentre os tópicos discutidos podemos destacar alguns que mais chamaram a atenção:
Contexto Histórico e Influências Culturais
Parkour ou parkours
Durante os anos 1990 e 2000, o parkour foi fortemente marcado por estímulos visuais,
embora não houvesse muito conhecimento científico sobre o assunto na época. Naqueles
dias, havia três escolas diferentes de praticantes do parkour: a Escola Belle, que se
concentrou na ruptura dos membros criadores; a Escola Foucan, que se concentrou no
freerunning; e a Escola Yamasaki, que se concentrou na arte do deslocamento. Hoje em
dia, há um consenso geral de que essas divisões não são tão relevantes, uma vez que
todas as três escolas têm a mesma base fundamental.
Elementos estruturais da lógica do parkour
A praxiologia motriz é uma área de estudo que se dedica à análise e exploração de elementos que impactam as práticas corporais, muitas vezes despercebidos. A observação desses elementos permite que sejam utilizados para a realização da prática, considerando que o espaço em que ela é realizada é um fator importante que guia a experiência.
Alguns casos exigem aperfeiçoamento de técnica, força e repetição para obter resultados
satisfatórios na prática corporal. A praxiologia motriz busca compreender os processos
mentais envolvidos na execução dos movimentos e como eles podem ser aprimorados para
aumentar a eficiência e a qualidade das práticas corporais.
Uma forma de incentivar e melhorar a prática de uma atividade é através da motivação
mútua, da prática em conjunto e do aprimoramento do movimento. Para que isso ocorra, é
necessário um tempo base de mediação, com ciclos repetitivos e coordenação harmônica
dos gestos, quase como uma arte, criando uma sintonia entre os participantes. Além disso,
a comunidade envolvida pode criar uma taxonomia própria, ressignificando a prática de
forma contextualizada e dando significado para crianças e adolescentes.
Relação interpessoal, se torna muito forte, as maiores recorrências é que os praticantes
estão em grupos, o que acontece é que eles transmitem os conhecimentos e estimula a
frequência da prática.
Pedagógica do jogo parkour - Ambiente de Jogo no parkour
Quando se trata de lidar com crianças, é importante lembrar que elas possuem uma lógica
interna muito diferente da nossa como adultos. Para engajá-las e ajudá-las a aprender, é
preciso utilizar estratégias diferentes. Uma abordagem eficaz é utilizar a prática de forma
contextualizada, criando um ambiente de interesse.
Isso significa que as atividades e brincadeiras que são propostas para as crianças devem
ter um contexto e uma conexão com o mundo real. Por exemplo, em vez de simplesmente
ensinar a contar, pode-se propor um jogo em que as crianças contem as frutas em uma
cesta. Dessa forma, elas aprendem a contar enquanto estão imersas em uma situação
realista e divertida.
Além disso, é importante ressignificar o ambiente em que as crianças estão. O espaço deve
ser utilizado de forma criativa e adaptado para as necessidades das crianças. Isso pode
incluir a criação de áreas temáticas, como uma sala de artes ou um espaço para jogos ao ar
livre. Também é possível usar objetos e materiais de forma diferente, estimulando a
criatividade e a imaginação das crianças.
Em resumo, para lidar com crianças de forma eficaz, é preciso ir além da simples
transmissão de conhecimento. É necessário criar um ambiente de interesse, utilizando a
prática contextualizada e ressignificando o espaço em que as crianças estão. Com essas
estratégias, as crianças estarão mais engajadas e motivadas a aprender e se divertir.
Pedagogia do Jogo no parkour - Ambiente
Para promover a aprendizagem, é importante que o ambiente de aprendizagem e o ambiente de jogo estejam equilibrados. Isso significa que eles devem ser unidos de forma intencional e com conteúdo significativo para que os alunos possam compreender a lógica do jogo e assimilar o conhecimento de maneira efetiva. É importante que o professor explore os métodos e conteúdos para garantir que o aluno possa aprender de forma eficiente. Além disso, a sensibilidade do aluno só será desenvolvida a partir da compreensão prática do conteúdo. É importante lembrar que a prática transmite a lógica do jogo de forma mais eficiente do que o senso comum.
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